Enraizamento de estacas de maracujazeiro-doce (Passiflora alata Curtis).
DOI:
https://doi.org/10.15361/1984-5529.2014v42n1p68-73Resumo
O maracujazeiro está entre as principais frutíferas cultivadas no País. Apesar da dormência, desuniformidade na germinação, segregação genética e perda da viabilidade, a multiplicação desta frutífera ainda predomina por sementes. A estaquia permite superar essas dificuldades, produzindo mudas com excelente qualidade, em pequeno espaço físico e em curto período. Sendo assim, avaliaram-se aplicação de ácido indolbutírico (AIB) e a presença de folhas no enraizamento de estacas caulinares de maracujazeiro-doce (Passiflora alata Curtis). As estacas foram preparadas a partir da porção mediana dos ramos, de forma que cada uma apresentasse entre 10 e 15 cm de comprimento e quatro gemas. Foram utilizadas quatro concentrações de AIB (0; 1.000; 2.000 e 4.000 mg L-1) e dois tipos de estacas, com ou sem folhas. Após o preparo, a base das estacas foi mantida durante cinco segundos em solução de auxina, nas concentrações propostas, e, em seguida, cerca de 1/3 da estaca foi inserida no canteiro de propagação. Avaliaram-se a brotação (%), o enraizamento (%), as perdas (%), a formação de calo (%), o número de raízes por estaca e o comprimento médio das raízes. Não houve interação significativa entre concentração de auxina e tipo de estacas para as variáveis avaliadas. A aplicação de auxina não favoreceu o enraizamento de estacas de maracujá-doce. Já a presença de folhas proporcionou 61,2% de enraizamento, enquanto, nas estacas sem folhas, houve apenas 7,9% de enraizamento. A propagação vegetativa de maracujazeiro-doce pode ser realizada sem aplicação de auxina, desde que sejam mantidas folhas nas estacas.
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