Morfometria de plantas de girassol ornamental e atributos químicos de um solo irrigado com água residuária e adubado com esterco
DOI:
https://doi.org/10.15361/1984-5529.2015v43n3p268-279Resumo
Neste trabalho, avaliaram-se a morfometria do girassol ornamental e os atributos químicos de um solo irrigado com água residuária e adubado com esterco. O delineamento experimental adotado foi o de blocos casualizados em esquema fatorial 4 x 2, com 4 repetições e 5 plantas por repetição, sendo 4 doses de esterco bovino curtido (5; 10; 15 e 20 dag kg-1), com base em massa, combinado com 2 qualidades de água (água de abastecimento e água residuária tratada oriunda de esgoto doméstico). Avaliaram-se, em 7 épocas de cultivo, as variáveis altura de planta, o diâmetro de caule e, em 5 épocas, a fitomassa seca da parte aérea e da raiz. Após um ciclo cultural, o material de solo contido nos vasos de cultivo foi coletado para caracterização química, determinando-se os íons solúveis Ca2+, Mg2+, K+, Na+, Cl- e HCO3-, além da RAS, pHps e CEes. Não houve efeito significativo das distintas qualidades de água sob as variáveis de crescimento estudadas em plantas de girassol. A adubação com dose entre 10 e 15 dag kg-1 de esterco bovino é a mais indicada para se atingir o crescimento máximo do girassol ornamental. Há efeito quadrático crescente nos teores de Ca2+ e Mg2+ no solo em função das doses de esterco bovino para os solos irrigados com água de abastecimento e efeito linear crescente nos solos irrigados com água residuária. Os teores de K+ e Na+ no solo aumentaram com o incremento das doses de esterco bovino respectivamente, até as doses de 15,06 e 13,74 dag kg-1 de esterco bovino, independentemente do tipo de água de irrigação. Para os dois tipos de água de irrigação utilizados, as altas doses de esterco bovino aumentam os riscos de salinização e sodificação do solo e toxicidade às plantas dos íons cloreto.
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