Composição físico-química dos grãos de soja em função da altura na planta
DOI:
https://doi.org/10.5016/1984-5529.2023.v51.1455Palavras-chave:
composição centesimal, Glycine max; pós-colheita.Resumo
As características arquitetônicas das plantas de soja podem influenciar diretamente na capacidade de reprodução, absorção de radiação solar, fixação biológica e, consequentemente, na composição química dos grãos. Diante disso, objetivou-se avaliar a influência da altura de vagens na planta de soja na composição físico-química dos grãos em oito cultivares. Foram avaliadas três alturas de planta: terço superior, terço médio e terço inferior, quanto ao teor de água, lipídeos, proteínas, cinzas, carboidratos, valor calórico e massa específica aparente. O teor de água foi determinado em estufa até massa constante. O conteúdo proteico foi determinado pelo método de micro Kjeldahl e os lipídeos foram extraídos pelo método de Soxhlet. O resíduo mineral fixo foi determinado por incineração em mufla a 550 ºC e os carboidratos foram determinados por meio de diferença entre os constituintes. A massa específica aparente foi obtida por meio de uma relação entre massa (kg) e volume (m3). Os experimentos foram realizados em triplicata em esquema fatorial 8 x 3. Houve efeito entre a altura de planta e as cultivares, com o teor de água, lipídeos, proteínas, carboidratos e cinzas. Para as alturas de planta na cultura da soja, o terço superior apresentou resultados superiores sendo a posição com melhor composição físico-química. As cultivares que se destacaram foram a NS 7667 e Aporé, obtendo maior potencial produtivo.
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